Acesso Radial Distal para Recanalização da Artéria Radial: Resultados Multicêntricos e Estratégias em Etapas para Maximizar a Perviedade
- SBHCI

- 23 de set.
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Título em inglês: Distal Radial Access for Radial Artery Recanalization: Multicenter Outcomes and Stepwise Strategies to Maximize Patency Autor: Giuseppe Colletti
Co-autores: Gregory A. Sgueglia, Gabriele L. Gasparini, Claudiu Ungureanu, Grigorios Tsigkas, Gregor Leibundgut, Mihai Cocoi, Olivier Gach, Marouane Boukhris, Vojtěch Novotný, Nino Cocco, Laura Peter, Alexandre Natalis, Laura Novelli, Elias Benthakhou, Kornél Kákonyi, Carlo Tumscitz, Alexandru Achim, and Zoltan Rusza
Revisor:Vinicius Shibata Ferrari
Referência: JACC: Cardiovascular Interventions Volume 18, Number 17
Introdução
A oclusão da artéria radial é uma complicação do acesso transradial, limitando futuros acessos e impossibilitando seu uso como enxerto cirúrgico ou para diálise. O acesso radial distal surge como alternativa promissora ao permitir a recanalização retrógrada de radiais ocluídas.
Objetivos
Avaliar os resultados multicêntricos da recanalização de artérias radiais ocluídas via acesso radial distal (DRA), com foco em segurança, eficácia e reprodutibilidade, além de identificar estratégias técnicas associadas à manutenção da perviedade.
Métodos
Registro internacional incluindo 110 pacientes com oclusão radial em 7 centros. Operadores experientes em DRA (>200 procedimentos) realizaram recanalização retrógrada pela tabaqueira anatômica, utilizando principalmente técnicas de drilling ou knuckling para cruzar a oclusão, seguidas de dilatação com dotter (dotterization) ou angioplastia com balão. O desfecho primário foi sucesso do procedimento e perviedade radial aos 31 (30–32) dias.
Resultados
O sucesso do procedimento foi alcançado em 94% dos casos (IC95%: 88%–97%), com complicações agudas manejadas conservadoramente. A perviedade radial em 30 dias foi de 80% (IC95%: 72%–86%). Em análise multivariada, a estratégia sheathless foi o único preditor significativo de perviedade (OR: 3,07; IC95%: 1,10–8,59), enquanto o uso de bainhas >6F (OR: 0,15; IC95%: 0,02–0,97) e balões >2,25 mm (OR: 0,10; IC95%: 0,01–0,92) associaram-se a menor perviedade.
Conclusões A recanalização de radiais ocluídas por DRA é segura, eficaz e reprodutível, com benefício central em preservar o acesso vascular mais seguro. A técnica de dotterization com bainhas ≤6F — ou preferencialmente em estratégia sheathless — deve ser priorizada, por estar associada a melhores taxas de perviedade em 30 dias.


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