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Prevalência, classificação e tratamento de shut residual após tratamento percutâneo de FOP

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    SBHCI
  • 22 de set.
  • 2 min de leitura

Título em Inglês: Prevalence, classification, and treatment of residual shunt after patent foramen ovale closure. Autor: Kristian Ujka. Co-autores: Alessandra Pizzuto1; Mario Giordano; Francesca Maria Di Muro; Gianpiero Gaio; Maria Giovanna Russo; Berardo Sarubbi; Francesco Meucci; Giuseppe Santoro. Revisor: Rafael Brolio Pavão Referência: EuroIntervention. 2025;21:933-941. DOI: 10.4244/EIJ-D-24-00856. https://eurointervention.pcronline.com/doi/10.4244/EIJ-D-24-00856

Fundamentos/ Objetivos: O shunt residual após o fechamento percutâneo do forame oval patente (FOP) tem sido associado a um risco aumentado de acidente vascular cerebral recorrente em longo prazo. No entanto, a prevalência, as características anatômicas e as estratégias de tratamento desse shunt são pouco compreendidas.

Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e as causas do shunt residual, bem como avaliar a segurança e a viabilidade do seu tratamento percutâneo.


Métodos/ Resultados:

Foram incluídos pacientes com shunt residual ao Doppler transcraniano após o fechamento transcateter do FOP em três centros italianos de alto volume entre 2000 e 2022. A prevalência e as características anatômicas do shunt residual, sua relação com o dispositivo oclusivo original e os detalhes do procedimento do tratamento percutâneo foram avaliados.

Entre os 2.362 pacientes submetidos ao fechamento do FOP, shunt residual de graus menores e aqueles significativos foram diagnosticados em 8,8% e 3,6% dos pacientes, respectivamente. Foi encontrado com mais frequência após o uso do sistema NobleStitch do que após o implante de dispositivo de disco duplo (20,0% vs 8,5%; p<0,00001). Entre os implantes de dispositivos de disco duplo, uma maior taxa de shunt foi encontrada com dispositivos mais rígidos (9,8% vs 7,1%; p<0,05) e com dispositivos maiores que 25 mm (13,9% vs 6,6%; p<0,00001). O shunt residual intradiscal (tipo 1) foi a mais comum (43,6%), seguida pelo extradiscal (tipo 2; 35,1%) e devido a causas incomuns (tipo 3; 14,9%). O tratamento percutâneo foi bem-sucedido em 89,4% dos pacientes que utilizaram dispositivos diferentes e anatomicamente adaptados.


Conclusão/ Comentários:

O shunt residual é comumente encontrado após o fechamento transcateter do FOP e está significativamente associada ao tipo e tamanho do dispositivo oclusor implantado. Ela resulta de diferentes mecanismos e pode ser tratada com segurança e eficácia por meio de uma abordagem percutânea, personalizada para cada paciente, em uma alta porcentagem de casos.

Aqui vale um comentário que muitos centros, sejam acadêmicos ou não, não fazem DTC ou ECO com detecção de bolhas de rotina para avaliação pós oclusão de FOP. Esse artigo, além de mostrar que esses shunts existem, não são incomuns e podem ser bem tratados, evidencia uma necessidade de melhoria na avaliação pós oclusão de FOP e assim, evitar eventos nos pacientes com shunt

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