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Retirada Precoce de Aspirina após Intervenção Coronária Percutânea em Síndromes Coronarianas Agudas

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    SBHCI
  • 22 de set.
  • 3 min de leitura

Título em Inglês: Early Withdrawal of Aspirin after PCI in Acute Coronary Syndromes Autor: Patrícia O Guimarães  Co-autores: Marcelo Franken, Caio Tavares, Murilo Antunes, Fábio Serra Silveira, Pedro Beraldo de Andrade, Ricardo Bergo, Rodrigo de Moura Joaquim, Joao Tinoco de Paula, B.R. Nascimento, Fábio Pitta, José Ayrton Arruda, R.G. Serpa, Louis N Ohe, Fernanda Mangione, Remo Holanda Furtado, E. Ferreira, F.B.A. Sampaio,16C. T. do Nascimento, L.O.O. Genelhu, Cristiano G. Bezerra, Rogério Sarmento-Leite, L.N. Maia, F.R.A. Oliveira, Marco V. Wainstein, Frederico T.C. Dall’Orto, F. Monfardini, S.R.L. Assis, José C. Nicolau, Andrei Sposito, Renato Delascio Lopes, Y. Onuma,  Marco Valgimigli, D.J. Angiolillo, Patrick Serruys,26 Otávio Berwanger, Fernando Bacal, Pedro Lemos

Revisor: Rodrigo de Moura Joaquim.

Referência: Guimarães PO, Franken M, Tavares CAM, Antunes MO, Silveira FS, Andrade PB, Bergo RR, Joaquim RM, et al; NEO-MINDSET Trial Investigators. Early Withdrawal of Aspirin after PCI in Acute Coronary Syndromes. N Engl J Med. 2025 Aug 31. doi: 10.1056/NEJMoa2507980.

Fundamentos: A terapia antiplaquetária padrão com aspirina e um inibidor da P2Y12 ainda é padronizada para 12 meses, entretanto esse período acarreta um risco aumentado de sangramento. Apesar de estudos demonstrarem que reduzir a terapia para um antiplaquetário, em geral um inibidor da P2Y12, para 1 a 3 meses, não demonstra risco aumentado de eventos trombóticos o risco de sangramento mantem-se elevado ainda nas primeiras semanas de tratamento.

 

Objetivos: Avaliar se um período muito curto em terapia antiplaquetária dupla, apenas nos primeiros dias de síndrome coronariana aguda (SCA) seriam não inferior a terapia isolada com inibidor potente da P2Y12 na ocorrência de eventos cardiovasculares e superior em termos de sangramento.

 

Métodos: Estudo multicêntrico, randomizado, aberto, incluindo 50 centros no Brasil, onde os pacientes com SCA e que realizaram intervenção coronária percutânea de todas as lesões culpadas foram randomizados, dentro dos primeiros 4 dias de evento, para monoterapia com P2Y12 potente (Ticagrelor ou Prasugrel) versos terapia dupla padrão (DAPT, Aspirina + P2Y12 potente). Os pacientes foram seguidos por 13 meses e avaliados de forma hierarquizada quanto a ocorrência de eventos isquêmicos (Morte, IAM, AVE ou revascularização de urgência) e caso a não inferioridade fosse atingida avaliados para ocorrência de sangramentos (BARC 2,3 e 5)

 

Resultados: Um total de 3410 pacientes foram incluídos na análise de intenção de tratar. Em 12 meses o desfecho isquêmico composto aconteceu em 119 (7%) pacientes no grupo monoterapia e 93 (5,5%) pacientes no grupo DAPT. Essa diferença estimada 1.47% não foi não inferior entre os grupos (Diferença absoluta de risco -.016 a 3.10; p=0.11 para não inferioridade). Nenhum item do desfecho isquêmico apresentou individualmente alteração significativa em relação aso grupos. Trombose de stent ocorreu em 12 pacientes no grupo monoterapia e 4 pacientes no grupo DAPT. Como a não inferioridade não foi atingida no desfecho isquêmico, uma análise estatística não foi realizada para sangramento. Apesar disso o sangramento maior ou menor clinicamente relevante ocorreu em 33 (2%) pacientes do grupo monoterapia contra 82 (4.9%) dos pacientes no grupo DAPT (Diferença absoluta de risco -2.97%; IC95% = -4.2 até -1.73). Não ocorreram interações significativas nas análises de sub-grupos.

 

Conclusões: Em pacientes que realizaram ICP com sucesso após SCA, monoterapia com P2Y12 potente não foi não inferior ao tratamento com terapia antiplaquetária dupla no composto de morte ou eventos isquêmicos em 12 meses. Ocorreu uma redução em torno de 60% na ocorrência de sangramento. 

 

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