AAS ou monoterapia com inibidor de P2Y12 após intervenção coronária percutânea para síndrome coronariana aguda
- SBHCI
- 15 de ago.
- 2 min de leitura
Titulo original: Aspirin or P2Y12 Inhibitor Monotherapy After Percutaneous Coronary Intervention for Acute Coronary Syndromes
Autores: Claudio Laudani, Daniele Giacoppo, Giovanni Occhipinti, Mattia Galli, Antonio Greco, Marco Spagnolo, Luis Ortega-Paz, Francesco Costa, Dominick J. Angiolillo e Davide Capodanno
Publicação: JACC: Cardiovascular Interventions, Volume 18, Número 15
Resumo
Contexto
Em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP), a redução da duração da terapia antiplaquetária dupla (DAPT) está associada à diminuição do risco de sangramento. Contudo, permanece incerta a vantagem relativa de manter monoterapia com ácido acetilsalicílico (AAS) ou com um inibidor de P2Y12 após o término antecipado da DAPT.
Objetivo
Comparar o benefício clínico líquido da monoterapia com AAS versus a monoterapia com inibidor de P2Y12 após um período curto de DAPT.
Métodos
Foram identificados ensaios clínicos randomizados que avaliaram DAPT de curta duração em pacientes com SCA submetidos à ICP.
O desfecho primário foi o evento adverso clínico líquido (net adverse clinical events – NACE), definido em cada estudo como a combinação de eventos isquêmicos e hemorrágicos.Desfechos secundários incluíram cada componente individual do desfecho primário.Realizaram-se meta-análises pareadas e em rede, e análises de sensibilidade foram conduzidas para explorar fontes de heterogeneidade.
Resultados
Foram incluídos 23 estudos (N = 45.394).A duração mediana da DAPT foi de 4,8 meses (intervalo interquartil: 3,0–6,0) nos estudos que avaliaram monoterapia com AAS e de 2,2 meses (intervalo: 1,0–3,0) nos estudos com monoterapia de inibidor de P2Y12.Detectou-se interação estatisticamente significativa entre os dois regimes de monoterapia tanto para NACE (P de interação = 0,026) quanto para qualquer sangramento (P de interação = 0,008): Monoterapia com inibidor de P2Y12 esteve associada à redução de NACE (razão de taxa de incidência – IRR: 0,78; IC95%: 0,64–0,95) e de qualquer sangramento (IRR: 0,56; IC95%: 0,46–0,67);Monoterapia com AAS não apresentou reduções significativas nesses desfechos.Na comparação indireta, a monoterapia com inibidor de P2Y12 reduziu NACE (IRR: 0,77; IC95%: 0,62–0,95) e qualquer sangramento (IRR: 0,68; IC95%: 0,48–0,95) em relação à monoterapia com AAS.As diferenças nos desfechos hemorrágicos, mas não no NACE, foram atenuadas após o ajuste para a duração da DAPT.
Conclusões
Em pacientes com SCA submetidos à ICP, os efeitos da DAPT curta variaram de acordo com a monoterapia subsequente: Inibidor de P2Y12 como monoterapia resultou em reduções significativas de NACE, de qualquer sangramento e de sangramento maior; AAS como monoterapia apresentou efeito neutro.
Comentários