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Desfechos da Troca Valvar Aórtica Precoce vs. Tardia: Análise da População de Implante Valvar do EARLY TAVR

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    SBHCI
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Título original: Outcomes of Early vs Delayed Aortic Valve Replacement: Analysis of the EARLY TAVR Valve Implant Population 

Autores: Dr. Philippe Généreux

Revisor: Dra. Maita Pretti

Referência: JACC Cardiovascular Interventions



Fundamentos: Em pacientes com estenose aórtica (EAo) grave assintomática, o estudo EARLY TAVR (Avaliação de TAVI Comparada com Vigilância em Pacientes com Estenose Aórtica Grave Assintomática) demonstrou que o implante valvar aórtico transcateter (TAVI) foi superior à vigilância clínica, em relação ao desfecho primário na população por intenção de tratar.


Objetivos: Comparar os desfechos pós-procedimentos na população submetida a TAVI.


Métodos: A população analisada incluiu os pacientes randomizados para TAVI precoce que foram submetidos ao procedimento, e aqueles randomizados para vigilância clínica e que acabaram por ser submetidos a troca valvar aórtica, mas tardiamente. Também foi avaliado o impacto da apresentação clínica no momento da troca valvar aórtica tardia, sendo essa apresentação clínica categorizada como síndrome valvar progressiva (por exemplo, com classe funcional NYHA II) vs.  síndrome valvar aguda (por exemplo, com classe funcional NYHA III ou IV, ou síncope). O desfecho primário foi o composto de morte, acidente vascular encefálico (AVC) ou internação por insufici6encia cardíaca nos 2 anos após o procedimento.


Resultados: Em 75 centros, 97,6% dos pacientes do grupo TAVI precoce (444 de 455) realizaram o procedimento inicial, e 87,0% dos pacientes do grupo de vigilância clínica (388 de 446) realizaram troca valvar aórtica tardiamente ao longo de 5 anos; 39,2% apresentaram síndrome valvar aguda e 58,5% síndrome valvar progressiva (mediana de tempo para TAVI tardia: 11,1 meses).


A TAVI precoce mostrou benefício em comparação com a troca valvar aórtica tardia para o desfecho composto primário (HR ajustado [aHR]: 0,61; IC 95%: 0,38–0,99; P = 0,045).


Quando analisada conforme a apresentação clínica, a troca valvar aórtica tardia em contexto de síndrome valvar aguda esteve associada a piores resultados quando comparada à TAVI precoce (aHR: 2,12; IC 95%: 1,19–3,78; P = 0,01), impulsionada principalmente pelo aumento de AVC (aHR: 2,92; IC 95%: 1,26–6,76; P = 0,01).


Conclusões: Entre pacientes com EAo grave assintomática, a troca valvar aórtica tardia em contexto de síndrome valvar aguda está associada a maiores taxas de mortalidade, AVC ou hospitalização por insuficiência cardíaca quando comparada à TAVI precoce. Isso reforça o benefício da TAVI precoce antes do desenvolvimento de sintomas, dada a imprevisibilidade da progressão da estenose aórtica.

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